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Lei do ex? Fluminense de Zubeldía goleia o São Paulo no Maracanã

  • Resumão da Bola
  • 27 de nov.
  • 3 min de leitura

O São Paulo viveu uma noite para esquecer no Maracanã. Pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Tricolor paulista sofreu uma das derrotas mais duras de sua história recente ao ser goleado por 6 a 0 pelo Fluminense. O placar elástico não apenas marcou a pior derrota do clube em 24 anos — desde o 7 a 1 sofrido diante do Vasco, em 2001 — como também complicou seriamente suas chances de disputar a Libertadores do próximo ano.


Hernán Crespo em Fluminense x São Paulo — Foto: André Durão
Hernán Crespo em Fluminense x São Paulo — Foto: André Durão

Com mais de dez desfalques, o São Paulo comandado por Hernán Crespo entrou em campo pressionado, mas rapidamente viu o Fluminense assumir o controle do jogo. O time de Luís Zubeldía, motivado pela busca por vaga na competição continental e também pelo discurso interno de “vingança” após críticas do antigo treinador tricolor, não deu espaço para o adversário respirar. Logo no primeiro tempo, a equipe carioca já abria 3 a 0 com autoridade. Canobbio abriu o placar em cobrança de pênalti, Martinelli ampliou de cabeça e Nonato completou a etapa inicial com mais um gol.


Se o primeiro tempo foi dominado pelos cariocas, o segundo apenas confirmou a superioridade. O São Paulo até ensaiou uma leve melhora, mas o Fluminense manteve o ritmo e transformou o que já era um resultado pesado em uma goleada histórica. John Kennedy fez o quarto gol, Canobbio marcou novamente aos 31 minutos e, já com gritos de “olé” ecoando das arquibancadas, Kevin Serna fechou o placar depois de linda jogada construída desde a defesa.


O resultado teve impacto direto na tabela. O Fluminense chegou aos 58 pontos, assumiu a quinta colocação e garantiu ao menos vaga na fase preliminar da Libertadores de 2026. Foi também o maior triunfo tricolor carioca sobre o São Paulo em jogos de Brasileirão, igualando a goleada aplicada pelos paulistas em 2002, mas desta vez com as cores invertidas.


Para o São Paulo, entretanto, a noite teve sabor amargo. A equipe estacionou nos 48 pontos e perdeu qualquer possibilidade matemática de alcançar o G-7, zona que garante vaga direta ou indireta para o torneio continental. Agora, o máximo que o Tricolor pode alcançar é a oitava colocação, que só daria uma vaga na pré-Libertadores se Fluminense ou Cruzeiro conquistarem o título da Copa do Brasil — situação que transformaria o G-7 em G-8.


A derrota também marcou um ponto negativo na trajetória de Hernán Crespo. O argentino, que já havia retornado ao comando técnico do clube em busca de reconstrução e estabilidade, registrou sua pior derrota à frente da equipe, incluindo sua primeira passagem pelo Morumbis.


Os próximos passos são decisivos para ambos os times. O Fluminense, embalado pela goleada e pela vaga confirmada, se prepara para enfrentar o Grêmio fora de casa, antes de duelos contra Bahia e Vasco — este válido pela Copa do Brasil. Já o São Paulo tenta juntar os cacos e reencontrar desempenho para as últimas duas rodadas do campeonato, contra Internacional e Vitória, sabendo que qualquer tropeço pode custar de vez o sonho de disputar um torneio internacional em 2026.


No Maracanã, porém, a noite foi de um time só. Enquanto o Fluminense celebrava a atuação dominante e a vaga confirmada na Libertadores, o São Paulo deixava o estádio com a dura missão de reorganizar suas expectativas e buscar, nos jogos finais, alguma recuperação emocional após a maior derrota em mais de duas décadas.

 
 
 

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